quarta-feira, 13 de junho de 2012

Meu companheiro especial


Pensava em escrever sobre tantos aprendizados que tive nas últimas semanas, tinha tanto que queria dizer, até que um evento particular me chamou a atenção para falar sobre o meu cachorro, Joca.

Poderia falar sobre como ele é importante em minha vida e tudo o que donos de cachorros normalmente dizem, mas prefiro dizer que ele é o meu anjo da guarda. Tenho certeza que ele foi mandado a este mundo para me ajudar, muito mais do que eu a ser responsável por ele. Até porque ele já veio pronto: não late, nunca estragou nada, não faz bagunça, não suja e quase não reclama (só quando acha que eu estou trabalhando demais).

Esse pequeno anjo da guarda ficou por dias deitado nos meus pés enquanto aceitava a perda da minha gravidez; lambeu as minhas lágrimas quando chorei em momentos difíceis. Ele me trás o bicho de pelúcia quando vê que estou triste, coloca no meu colo e fica olhando, como quem diz, não fica mais triste que eu te empresto meus brinquedos.

É ele que não me deixa perder a hora todas as manhãs, puxando o cobertor na hora certa (mesmo quando esqueço de colocar o despertador). Nunca entendi isso, mas ele sabe que não posso me atrasar. Na hora de dormir, ele simplesmente pega o cobertor dele e vai para o quarto me esperar.

Não sou sozinha, porque ele sempre está do meu lado e sabe quem é bom ou não, o que é certo ou não. Ele me protege e alegra meus dias. Em alguns momentos é a maior força que tenho para continuar a lutar. Porque sei que ele vai ficar feliz de me ter por perto, nem que seja só para jogar a bolinha, ou brigar pelo “nosso” cobertor.

Só vai saber o que é, quem tem um companheiro desses, mais do que especial.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Temos só o que precisamos


Mais uma vez, se provou a verdade de que somos um ímã. Só atraímos o que pensamos e estamos preparados para receber.

Quantas pessoas que conheço que se preocupam mais em reclamar do que agradecer. Pessoas que tem vidas maravilhosas, mas querem mais e nunca agradecem, nunca se satisfazem. E por isso mesmo, cada vez tem menos...

Quem pensa na falta, atrai mais falta. Quem pensa que está errado, atrai mais erro. E assim se constroem buracos na vida de pessoas que são boas, têm potencial para tanto, mas não conseguem nada e ainda perdem o pouco que tem (atrai a falta).

Por outro lado, quem sempre está “de bem” com a vida, parece que tudo é mais fácil, que a vida passa como se fosse um filme, sem atropelos. Estou aprendendo a ser assim e isso tem me feito um bem enorme!

Hoje tive um insight de uma pergunta que tinha há um tempo e não conseguia responder. Tinha muita mágoa e isso só fazia com que os ‘porquês’ fossem impossíveis de responder, mas bastou aceitar, agradecer pelo aprendizado e ver que estou melhor (agradecendo também por isso), que tudo foi respondido. Realmente não estava preparada para a resposta antes de agradecer de ter a pergunta.

Pode não fazer sentido agradecer por algo que quer mudar. Mas será que vale reclamar por isso? O que você ganha com as duas coisas: Reclamar de um emprego ruim, de um relacionamento que poderia ser melhor, só faz com que ele fique cada dia mais insuportável, não?! Será que não tem nada de bom?! Nada que vá se lembrar, com carinho, depois?! Tudo passa, de verdade!

Também não vale agradecer e reclamar. Seria como dançar no mesmo lugar: um passo para a frente e um para trás. Você acaba gastando o chão, sem sair do lugar.

Assim, compartilho o meu aprendizado: só estou agradecendo pelo que tenho, mesmo os aprendizados do que aparentemente não deu certo. Só vejo o lado bom com carinho, como se isso já fosse passado (tudo fica melhor, quando lembramos). Todos temos qualidades que devem ser valorizadas. Sobre os pensamentos contrários, peço perdão pela ingratidão de não me dar por satisfeita com o que tenho, e assim tudo se resolve.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Saudades


Tem dias que a gente já acorda sentindo que algo falta. Inexplicavelmente é como uma saudade de algo que nunca vivemos, como se estivesse sido mandada para uma dimensão paralela de filmes de ficção, em que tudo está no mesmo lugar, mas, inexplicavelmente, tem algo que não se encaixa.

É como se todas as músicas falassem para você, como se o sol estivesse a vigiar. Pode ser paranoia, acaso, ou o tal ‘déja vu’. Não dá para explicar.

São aqueles dias que temos a esperança de que algo diferente aconteça. Quando o telefone toca e é uma pessoa esquecida em um canto do passado. Quando abrimos o álbum de fotografias e descobrimos promessas que ainda podem ser cumpridas, ou compromissos que esquecemos completamente e fizeram bem, pois crescemos com isso.

Quando temos a certeza de que algo mais está dirigindo a nossa vida para um caminho ainda não trilhado e que só descobriremos o destino depois que tivermos chegado. 

domingo, 6 de maio de 2012

Feridas curam e o aprendizado fica


Hoje tive um dia completamente atípico em um lugar diferente, pessoas diferentes, mais de 24 horas presa em um aeroporto até então desconhecido. Em certo momento, alguns dos familiares sintomas do stress da semana retrasada tentaram voltar, sem sucesso.

Aquilo tudo que importava tanto há menos de duas semanas, tinha perdido toda a importância. As mágoas foram trocadas por lembranças divertidas (cômicas mesmo), de uma outra eu, que se importava com coisas agora tão pequenas. Em certo momento, quis me perguntar se era eu mesma ali?!

Sim, as feridas, por mais profundas que sejam, cicatrizam. Aquilo que em um momento queríamos conosco, agora parece nada. No final, o que fica não são as dores, nem os fatos, mas sim o nosso próprio crescimento.

O melhor é conseguir perceber que sou melhor a cada dia, não só porque tento me superar, mas porque vivi plenamente cada coisa que passou e guardei somente o que valeu a pena viver.

Não guarde rancor. Guarde memórias, pois essas sim se tornarão uma parte sua, para serem contadas no futuro, quando poderemos rir do que passou.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Recomeçar dá trabalho

É muito fácil acordar de manhã, ligar o piloto automático e viver mais um dia previsível, sabendo exatamente o que vai acontecer, em que ordem, até o final. Com poucas mudanças, uma fofoca a mais, uma emoção diferente no meio do dia, uma história diferente na TV, e se foi mais um dia de vida...

Mais fácil ainda é reclamar que nada muda, está sempre tudo igual. Tudo mais ou menos, nada de novo. Quantas pessoas me dizem isso, quando pergunto ‘quais as novidades?’

Agora, querer mudar não adianta nada. De boas intenções o inferno está cheio, não é o que dizem?! E o mundo não vai mudar porque eu disse que queria. Não estamos em um conto de fadas. A vida não é uma revista de colorir em que damos as cores que mais gostamos. Mudar dá trabalho, dói, machuca.

Ter que abrir mão de nossas crenças, para poder crescer e ser mais do que já somos. Abrir mão do que é seguro, para realizarmos os nossos sonhos. E correr o risco de acordar no dia seguinte e ver que não sobrou nada: nem a segurança nem o sonho.

Pois é! Recomeço quer dizer que eu já tentei e não deu certo, mas não vou desistir de querer o melhor para mim! Eu mereço mais do que sentir pena da minha sorte! Eu sei que sou forte, estou aqui, passei por tudo, aprendi tanto com os acertos como com os erros e estou pronta para passar de novo por tudo, com uma nova consciência.

Quantas pessoas dizem que se começassem tudo de novo com a experiência que têm hoje, fariam diferente. E porque não fazem?! O que impede além dos nossos fantasmas, dos nossos medos de passarmos por tudo de novo?!

Onde tem cicatriz, a dor é menor, ou já é conhecida! O aprendizado nos torna melhores, mas só se quisermos aprender com as experiências e querer tentar de novo. O que não mata, nos torna mais fortes!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Não sei jogar xadrez

Não sei jogar xadrez e acredito que isso é uma falta educacional. Sei que faz falta não conseguir visualizar uma jogada com antecedência, prever o comportamento do outro jogador e conseguir prever os acontecimentos com várias jogadas de antecedência. Por isso vivo de causa e conseqüência, sem prever as próximas jogadas. Que falta faz não conseguir visualizar a situação seguinte antes de agir!

Também não sei blefar, mesmo tendo aprendido os jogos de carta. Falo o que penso, às vezes falo demais, mas não me arrependo do que digo, pois eu só falo o que acredito. Posso ser mal interpretada, muitas vezes sou. Muitas pessoas falam sem sentir e isso leva a uma banalização geral da sinceridade.

Esta deve ser a diferença de fazer do xadrez um esporte olímpico e dos jogos de cartas, jogos de azar.

Refletindo sobre as ações a partir disso, muito se vê nas relações entre as pessoas que jogam jogos diferentes. Umas blefam para saber se o outro compra, outros analisam demais antes de fazer uma jogada, para ter a certeza de sair vitorioso. E disso se vive, acerta ou erra.

Mas e quem não sabe jogar, como fica? É como ser o único que não sabe a letra da música, quando ela toca. É se sentir imobilizado em uma situação sem resposta, sem controle.

O melhor é deixar a melodia envolver todo o ambiente e ser feliz, mesmo na ignorância de não saber por que todos se esforçam tanto por algo que pode não levar a nada. Quem encara as situações como jogos, pode ganhar muito, mas pode perder tudo em uma aposta. 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pesos e medidas, ou faça o que eu digo, não o que eu faço

Aquilo que muitas vezes nos fere mais fundo é o que fazemos aos outros e que eles toleram.


Em um livro que li recentemente dizia que, para conhecermos nossos carmas, temos que observar nossas compulsões. O que é demais, ou que falta em nós, é o que devemos aprender. Por isso a máxima de escolher o caminho do meio.

Mas como é difícil perceber o erro nos outros e ficar calado. Ou ainda, como é pior ver que somos iguais, quem sabe até piores. O pior veneno é o próprio veneno e falo isso por ser de escorpião e saber que tudo volta para mim. Mas como aprender?

Falar é fácil, apontar o erro dos outros, delicioso, mas melhorar, isso dói! Por isso é carma.

Outro ditado, também fala que só vemos nos outros aquilo que temos em nós mesmos. Não há como perceber qualidades e defeitos que não temos. Isso passaria despercebido.

Então, mais uma vez, escolha o caminho do meio. As chances de ferir e ser ferido são menores. E assim superamos mais um de nossos carmas, seja pelo excesso ou falta, daquilo que há também em nós.