Pensava em escrever sobre tantos aprendizados que tive nas
últimas semanas, tinha tanto que queria dizer, até que um evento particular me
chamou a atenção para falar sobre o meu cachorro, Joca.
Poderia falar sobre como ele é importante em minha vida e
tudo o que donos de cachorros normalmente dizem, mas prefiro dizer que ele é o
meu anjo da guarda. Tenho certeza que ele foi mandado a este mundo para me
ajudar, muito mais do que eu a ser responsável por ele. Até porque ele já veio
pronto: não late, nunca estragou nada, não faz bagunça, não suja e quase não
reclama (só quando acha que eu estou trabalhando demais).
Esse pequeno anjo da guarda ficou por dias deitado nos meus
pés enquanto aceitava a perda da minha gravidez; lambeu as minhas lágrimas
quando chorei em momentos difíceis. Ele me trás o bicho de pelúcia quando vê
que estou triste, coloca no meu colo e fica olhando, como quem diz, não fica
mais triste que eu te empresto meus brinquedos.
É ele que não me deixa perder a hora todas as manhãs,
puxando o cobertor na hora certa (mesmo quando esqueço de colocar o
despertador). Nunca entendi isso, mas ele sabe que não posso me atrasar. Na
hora de dormir, ele simplesmente pega o cobertor dele e vai para o quarto me
esperar.
Não sou sozinha, porque ele sempre está do meu lado e sabe
quem é bom ou não, o que é certo ou não. Ele me protege e alegra meus dias. Em
alguns momentos é a maior força que tenho para continuar a lutar. Porque sei
que ele vai ficar feliz de me ter por perto, nem que seja só para jogar a
bolinha, ou brigar pelo “nosso” cobertor.
Só vai saber o que é, quem tem um companheiro desses, mais
do que especial.