quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pesos e medidas, ou faça o que eu digo, não o que eu faço

Aquilo que muitas vezes nos fere mais fundo é o que fazemos aos outros e que eles toleram.


Em um livro que li recentemente dizia que, para conhecermos nossos carmas, temos que observar nossas compulsões. O que é demais, ou que falta em nós, é o que devemos aprender. Por isso a máxima de escolher o caminho do meio.

Mas como é difícil perceber o erro nos outros e ficar calado. Ou ainda, como é pior ver que somos iguais, quem sabe até piores. O pior veneno é o próprio veneno e falo isso por ser de escorpião e saber que tudo volta para mim. Mas como aprender?

Falar é fácil, apontar o erro dos outros, delicioso, mas melhorar, isso dói! Por isso é carma.

Outro ditado, também fala que só vemos nos outros aquilo que temos em nós mesmos. Não há como perceber qualidades e defeitos que não temos. Isso passaria despercebido.

Então, mais uma vez, escolha o caminho do meio. As chances de ferir e ser ferido são menores. E assim superamos mais um de nossos carmas, seja pelo excesso ou falta, daquilo que há também em nós.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Somos o que prometemos

Nas últimas semanas tenho me deparado com profundas questões éticas. Primeiro, em uma aula sobre este tema, um aluno disse que prometer o que não podia cumprir não era questão ética, mas somente falta de planejamento. Ele ainda foi enfático em dizer que temos que prometer sim, mesmo que não possa ser cumprido. Segundo ele, o que vale é a intenção.

Acho que isso explica todo o resto, ou seja, políticos que prometem, são julgados (e votados) pela intenção. Não cumprir, não é um problema ético, somente falta de planejamento, certo?! Infelizmente muitas outras pessoas também pensam da mesma maneira e, assim, seguimos em frente.

A partir disso, todo o resto é conseqüência. Um filho que não consegue tirar notas boas e tem os pais brigando com o professor, pois ele estudou tanto (o que vale é a intenção). Profissionais que não conseguem entregar o que prometeram, pois curriculuns são escritos com a idéia daquilo que somos e não nossas reais capacidades. Quantas empresas nascem, crescem e lucram só com a intenção.
Experto é quem consegue achar um culpado, não quem assume os erros. Mas o que se aprende com isso? Que pode continuar errando, pois, mais uma vez, o que vale é a intenção: Bem que tento acertar.

Se queremos acertar o mundo, não adianta querer que os outros mudem, se não começarmos por nós mesmos. Somente quando for errado prometer o que não se pode cumprir e acusar outros por nossos erros, poderemos pedir mudanças maiores, de toda a sociedade.

Até lá, queira assumir seus erros e melhorar com eles, mesmo que seja só um erro de planejamento e não uma promessa não cumprida.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Liberdade de quê?

Liberdade. Palavra tão complexa quanto indefinida. O que é ser livre? Ser livre de quê? De obrigações, de amarras, de tristezas, ou de alegrias?! Não consigo saber.
É incrível quantas pessoas se dizem livres, mas não conseguem seguir em frente com suas vidas e vivem como que amarradas a fantasmas do passado. Outros se dizem presos a obrigações sem fim, mas conseguem o que querem. Eu prefiro me colocar no segundo grupo e assumo que, às vezes, não me sinto nem um pouco livre, embora só eu mesma me prenda às minhas obrigações.
Isto é o mais interessante de um conceito tão básico: Liberdade. As pessoas querem mesmo ser livres? E o que fazer com isso? Ser livre do relógio e ver quanto tempo se consegue ficar sem ter essa noção de tempo. Ser livre de rotina, e quanto tempo iremos levar para criar uma rotina nova. Ser livre de preocupações, e milagrosamente surgem outras, novas, preocupações. Poder tudo e quanto tempo para se ficar deprimido.
O maior comprometimento não é com o mundo e os outros, mas sim com nós mesmos, com nossas verdades, nossa maneira de encarar o mundo, de olhar a montanha como um obstáculo ou um desafio. É isso que leva alguns poucos a vencerem e outros tantos a desistirem. Não há problema grande, ou pequeno demais. Somente pessoas que conseguem abraçar mais o mundo e levar a sua parte. Não há história sem moral. O que levamos, no final, é só o que aprendemos. 

domingo, 7 de agosto de 2011

Sobre a tal felicidade

Um dia uma pessoa muito querida disse que tudo passa e o que sobra são só lembranças. Hoje acredito que seja realmente verdade, ao menos em parte. A dor passa, aquilo que um dia feriu, já não dói mais. As lembranças se apagam com o tempo, como fotos envelhecidas no canto do armário, em que você se pergunta se é você mesma naquela foto. Parece outra existência.

Seguir em frente, sempre foi o meu lema.  Não demonstrar fraqueza, ser melhor a cada dia, aprender com os erros e acertos. Acho que aprendo muito, me cobro muito mais, mas sou feliz assim.

Quanto se fala sobre isso, quantas pessoas procuram por isso, brigam, matam. Não consigo entender. Felicidade é um estado de espírito, não tem como ser conseguido a força, ou no exterior. É mais interno. Da mesma maneira que algo consegue ferir os sentimentos, a felicidade é como o elixir que seca essas feridas. Você pode estar sozinha e ser feliz. Pode ser feliz sem dinheiro, sem objetivos, mesmo quando tudo parece dar errado. Para quem é feliz basta sentir a brisa fresca no rosto, ou ouvir uma boa música.

Felicidade é ‘ser’, não ‘estar’. Pessoas que são felizes trazem felicidade aos que chegam perto, atraem mais felicidade. Quem consegue ficar triste, irritado, ou mal humorado perto de alguém que está de bem com a vida?

E não há como roubar a felicidade. Ela só pode aumentar e mesmo dividida, não diminui. A felicidade sempre cresce exponencialmente. Uma pessoa feliz consegue fazer quantas mais felizes e ainda assim, só ser mais e mais feliz.

Seja feliz! Brilhe, compartilhe e agradeça.