segunda-feira, 21 de maio de 2012

Saudades


Tem dias que a gente já acorda sentindo que algo falta. Inexplicavelmente é como uma saudade de algo que nunca vivemos, como se estivesse sido mandada para uma dimensão paralela de filmes de ficção, em que tudo está no mesmo lugar, mas, inexplicavelmente, tem algo que não se encaixa.

É como se todas as músicas falassem para você, como se o sol estivesse a vigiar. Pode ser paranoia, acaso, ou o tal ‘déja vu’. Não dá para explicar.

São aqueles dias que temos a esperança de que algo diferente aconteça. Quando o telefone toca e é uma pessoa esquecida em um canto do passado. Quando abrimos o álbum de fotografias e descobrimos promessas que ainda podem ser cumpridas, ou compromissos que esquecemos completamente e fizeram bem, pois crescemos com isso.

Quando temos a certeza de que algo mais está dirigindo a nossa vida para um caminho ainda não trilhado e que só descobriremos o destino depois que tivermos chegado. 

Um comentário:

  1. Ontem e hoje acordei com a mesma sensação, sei lá do que se trata, se é metafísico, religioso, místico ou não. Só sei que quando olhei janela afora senti esta mesma percepção.
    O desejo de que algo novo, diferente, até transcendental ocorra é permanente, mesmo que repetitivo.
    O que nos faz sentir isso? incompletude, incapacidade de definição, ou simplesmente o desejo do hoje, daquilo que sempre esperamos mas sequer sabemos definir, seja o dia perfeito, a plenitude da paz ou o amor irriquieto em nosso coração?
    Se isto é o destino, aqui estamos então . . .

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